
Olha pra mim e decifra o que eu sinto, se for capaz.
Da mesma forma que você tem tanta lucidez para me julgar, deveria também ser capaz de saber o que está acontecendo aqui dentro.
Não, você sequer imagina.
Você não sabe o que eu passei até aqui, todas as experiências que eu vivi longe de qualquer observador, sozinha no meu quarto ou em qualquer outro lugar.
Você não sabe o que eu já pensei e já quis. Você não pode supor como me sinto. Nem mesmo eu própria consigo contabilizar o quanto já sofri e já sorri. Então quem é você para tentar me classificar? Para me rotular?
Hoje eu estou liberta de antigos preconceitos que eu carregava. Hoje eu estou livre. Justamente por sofrer na pele o que é ser pré-julgada por pessoas que não tem qualquer ideia de quem sou eu. Não, andar comigo não significa que me conhece. Ouvir minhas confidencias, tampouco.
Posso apenas te dizer que tudo aquilo que eu experimentei me transformou. E a pessoa que eu sou agora não vai ser aquela do futuro com certeza. Tudo é um ciclo, mas os rótulos que lhe pregam ficam para sempre na cabeça das pessoas medíocres, e você acaba carregando aquilo até que 'prove' o contrário, mas este não é o meu caso. Não vou provar nada para ninguém. Para quê (ou melhor, para quem) eu faria isso?
Esse é só um pequeno desabafo sobre algo que me incomoda muito: pessoas que cuidam da sua vida e te transformam numa espécie de 'exemplo do que não fazer'. Como se as minhas atitudes devessem ser estudadas por curiosos, como se eu quisesse ser exemplo de bom comportamento pra alguém. O ditado que diz 'Faça o que eu digo, não faça o que eu faço', bem, esqueça ele, não faça nada que eu diga ou faça, viva a sua vida e seja original, só pra variar...
**Ouçam My Truth, da Robyn, que diz sabiamente exatamente o que eu tentei falar aqui.
"My truth, your truth, his truth, her truth, it doesn't matter as long as is true!"
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