sábado, 24 de dezembro de 2011

Então é Natal?

Hoje é véspera de Natal... o ano passou tão rápido que não deu nem tempo de curtir preparativos ou ter aquelas crises gostosas de estresse que o fim de ano costumava trazer, "preciso correr pra cidade para comprar presentes", "preciso montar a árvore de natal e pendurar lampadinhas nas janelas", "preciso mandar cartões", etc etc.

Os presentes já são manjados, a árvore está pronta (é só 'desdobrar' [?]), e cartões, bom, não dá tempo de sentar e escrever - e ponto. Ninguém sente falta disso, acho. Como ninguém mais faz essas coisas, ninguém espera por elas também.



O Natal tem todo aquele apelo cristão, fraternidade, união, mas por algum motivo, o pensamento latente nesse período é 'já é natal??' e correria para terminar tudo que deveria ser terminado antes do ano novo. É, os tempos mudaram.




Eu confesso que dá, sim, uma saudade imensa das pessoas que não estão por perto nessa época - mais do que nas outras. O Natal é uma desculpa para passar juntinho das pessoas que você mais ama e quer por perto - ainda que nem sempre isso aconteça. E neste natal... eu quero mais que chegue o Carnaval logo, para poder estar perto de um certo alguém que não pode estar aqui agora. Espero que só para mim essa data irá ser como um feriado qualquer, porque é triste pensar que a magia toda do Natal esteja minguando mesmo. É triste, ainda que não surpreenda...



Eu desejo a todas as pessoas que estão passando o Natal sozinhas ou longe das pessoas (ou de uma em especial) que ama de verdade um Natal sereno. Que ele seja um período de reflexão, que você perceba que quem está do seu lado pode estar com saudade de você do mesmo jeito que você tem de quem está longe, então não perca a oportunidade de curtir o que está ao seu alcance. Curtir a vida é saudável, sabe? Ficamos doentes quando vivemos em busca de coisas inalcançáveis o tempo todo. Não que seja errado sonhar, mas viver a realidade - e dar valor a ela - faz parte do processo de aprendizado.





- Ouçam Son, do cantor belga Milow.










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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Mundo Moderno





"Hoje eu acordei as 6 da manhã como de costume. Vesti meu terno, minha camisa, meus sapatos, minha calça social e fui pra cozinha tomar meu café. Na cozinha, minha esposa já havia preparado o café, a mesa, ela saiu mais cedo que eu, raramente nos encontramos pela manhã. Tomei meu café e fui chamar meu filho, que dormia profundamente, como todas as manhãs. Fui até a sala, abri meu notebook e fui relembrando a apresentação que faria na reunião da empresa e que fiquei preparando durante a madrugada. Eu dormi pouco. Eu durmo pouco...

Meu médico disse que dormir pouco está afetando o tratamento da hipertensão, e sobretudo o cigarro que ainda não consegui largar, e nem quero. Não estou preocupado com isso agora, tenho mais o que fazer.

Meu filho desceu a escada e sentou na mesa para tomar o café. Eu o observei longamente... ele está crescendo rápido... às vezes olho para aquele menino e não o reconheço, muito embora ele se pareça bastante comigo. Há muito tempo não tiramos umas férias em família, uma semana que seja. Não converso com ele, não sei do que tem medo, do que gosta de fazer, se está gostando de alguma menina da escola, quais são as suas expectativas para o futuro... oito anos, ele fez oito anos meses atrás e eu não sabia que presente dar, não sei o que ele gosta...

Minha esposa deu alguma coisa no nome dos dois. Eu via ele ali, sentado, não sei se ele sabe o quanto o amo... mas não diria isso para ele, ía ser uma situação estranha...

Fomos pro carro, ele colocou os fones de ouvido e eu fui me concentrando na minha apresentação enquanto o levava para a escola. Não pude deixar de perceber a frieza daquela situação rotineira... fiquei me perguntando se meu filho vai me tomar como exemplo e tratar seus filhos com a mesma frieza...

Ele saiu do carro quando chegamos na escola e eu continuei meu trajeto para o trabalho, mas hoje eu estava estranho. Me sentia estranho.

Cheguei na sala de reunião, me sentei com meus colegas, rimos, contamos algumas novidades, ouvi algumas piadas... eles não são meus amigos. As piadas não eram boas. As novidades eram pura hipocrisia "comprei um carro zero", "viajei pro exterior", "minha filha ganhou bolsa de estudos"... não querem compartilhar alegrias, querem produzir inveja, querem provar suas capacidades.

O chefe chegou, começamos a reunião, me levantei para expôr minha apresentação... e observei aqueles rostos olhando para mim, expressões frias, pouco interessadas, ah! Nem eu estava interessado no que tinha para dizer, eu estou cansado disso tudo, de não conseguir o reconhecimento que mereço, de ter de ser agradável àquelas pessoas, àqueles desconhecidos que fingem serem gentis mas no fundo torcem para o meu fracasso.

Saí para almoçar aborrecido. Não que isso não seja comum, mas estava realmente com uma sensação de tristeza, de frustração. Até a mocinha do restaurante, que destila juventude e vontade de trabalhar e ser prestativa, até ela que sempre fez me sentir acolhido... até ela tinha um ar falso hoje. Provavelmente ela percebeu que eu não estava nos meus melhores dias, porque me ofereceu um cafezinho por conta da casa. A mulher do caixa, que parece a pessoa mais infeliz do planeta, essa sim é sincera, honesta consigo mesma. Ela não distribui sorrisos gratuitos, e sabe de uma coisa, ela é que está certa! Meu psicanalista uma vez disse que se você finge felicidade para as pessoas, isso acaba te contaminando e você acaba ficando feliz de fato, mas isso não funciona comigo - e nem com ela. Já ouvi reclamações dos meus colegas sobre a mulher do caixa, pessoas muito falsas indignadas com a atitude da mulher, que nunca sorri e sempre te olha com olhar de desprezo. Se essa conversa tivesse aparecido pra mim hoje, certamente eu diria "ela é que está certa! Para quê sorrir sem vontade? Qual é, afinal, a vantagem de distribuir sorrisos falsos?"

Depois de mais algumas horas de um trabalho completamente inútil e que não me traz qualquer realização profissional, fiquei preso no trânsito de volta para casa. Os europeus é que estão certos, andando de bicicleta para lá e para cá, sentindo o vento nos cabelos e enxergando as pessoas que cruzam seus caminhos. Já perceberam como o carro não serve apenas para nos dar rapidez em nos locomover, mas também atrofia nossos músculos e nos mantém fechados em cápsulas egoístas, em que respiramos nosso próprio ar, ouvimos músicas do nosso próprio gosto e não precisamos lidar com mais ninguém senão com nós mesmos?

Em casa, minha mulher já tinha ido buscar nosso filho na escola e ele estava trancado no quarto, provavelmente com a cara colada naquele computador. Minha esposa veio me enchendo com um turbilhão de problemas em casa que eu deveria resolver, mas eu estava tão cansado que ouvia apenas uma voz abafada cacarejando por todo lado. Tem horas que eu quero morrer, me livrar disso tudo, dessas pessoas, desses problemas, dessa frustração toda. Mas hoje, eu olhei pra ela e vi que minha esposa está muito mudada. Lembro bem da mulher com quem me casei: tão graciosa, meiga, linda... ela era a coisa mais sorridente desse planeta, o sorriso mais sincero que já havia visto e faz um tempo que não vejo mais. Nem nas fotos, que geralmente retratam momentos felizes, nem ali parecem sinceros. Hoje ela está com profundas marcas de expressão pelo rosto, e seu corpo já não é esguio como antes. Depois de pensar um pouco, percebi que não lembro quando foi a ultima vez que fizemos amor... e realmente me assustei.

Sobi até o quarto lentamente, ouvi ela me perguntando se me sentia bem, mas não respondi. Me olhei no espelho, e pela primera vez percebi que estou velho. Não pode ser, sou jovem, mas encontrei rugas, cabelo branco e todas essas coisas que a gente não vê nas mulheres porque elas têm os recursos para esconder a passagem do tempo. Ainda que eu não achasse algo bem gay, não usaria essas coisas pra esconder minha idade. Qual é a lógica disso? Para quê parecer mais jovem? Se eu envelheci antes do tempo é porque já não me resta muitas alegrias na vida que me rejuvenesçam então a quem quero enganar? Meu rosto transparesce bem tudo que eu sou e o que eu vivo. Eu vivo? Não sei se posso chamar toda essa rotina tediosa e sem razão de vida.

Para mim, que sempre fui tão lógico e prático, é difícil me encontrar em uma situação em que não existe saída, sabe... quer dizer, eu consigo identificar todos os fatores que fazem da minha existência a coisa mais banal possível, mas realmente não vejo meios de arrumar isso. Minha esposa veio dormir comigo, virou para o lado. Deve ser aí que o sujeito passa a se dedicar a alguma religião, para dar algum sentido na vida... a verdade é que falta uma resposta, do porquê disso tudo.

Hoje eu me sinto estranho, mas sei que amanhã tudo volta ao normal. Não sei se quero, mas não tenho escolha. E antes que comece a contar da sua vida, saiba que não estou interessado em ouvir".


- Esboço de um monólogo escrito por Ísis Brito. Será que o cara ta entediado, minha gente?




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terça-feira, 13 de setembro de 2011

A Era do M(ediev)al





A Idade Média é tida para muitos um tempo bonito da história, cujas pessoas vestiam-se com seus trajes especiais, emblemáticos e belos, viviam de forma simples e singela e tinham um rei para amar ou odiar - ou ao menos, obedecer. Apesar de todos saberem superficialmente que eram, também, tempos difíceis, em que a hierarquia social era pesada e os camponeses e servos, bem como aqueles que eram contra os princípios reais e católicos eram punidos, não raro trombamos com pessoas que queriam viver naquela época. Os filmes famosos sobre o Tempo Medieval são, normalmente, encantadores, cheios de emoção e fantasia.




Você gostaria de viver na Idade Média? Bem, eu não.



Eram tempos especiais, para todo mundo. Bom para uns poucos ricaços reais, ruim para a enorme massa pobre e insatisfeita. Um tempo em que ninguém tinha direito à nada, em que a hipocrisia corria solta por todos os lados, em que a vida era miserável, contrastante e severa. Mmmm, parece que estou descrevendo a atualidade, mas não. Temos sim desigualdades, hipocrisia, violência, sadismo, injustiça, mas absolutamente nada se compara àqueles tempos.

Passeando pelas ruas maravilhosas que cheiram à história e romantismo da Europa, qualquer turista encantado não deixa de visitar os castelos e construções medievais existentes ali que ele só viu nos filmes. Alguns desses lugares não passam de ruínas, outros foram transformados em museus e pontos turísticos. Construções magnificas de fato, mas no lugar do cheiro de história de outrora, passa a vir um certo cheiro de morte e de dor. E de repente você descobre que as pessoas naquela época morriam. Por motivos até que plausíveis - se é que podemos dizer assim... -... ou por motivos banais, sem motivo... elas morriam, querendo viver, querendo morrer logo, de qualquer jeito, de todos os jeitos imagináveis.



De repente você descobre que por trás daquelas torres altas existiam punições ridículas! Qualquer ínfima desculpa servia para que você, pobre cidadão da Idade Média, fosse torturado cruelmente, ou dentro das torres ou em praça pública, assistido pela população ávida por sangue. Tudo era permitido pelo rei e pelo Papa, as mais cruéis e terríveis formas de tortura.







Essa semana tive a oportunidade de visitar uma cidade fofíssima chamada Gent, no norte da Bélgica. Essa cidade possui um centro histórico riquíssimo, com catedrais góticas, museus interessantíssimos, ruas do tempo medieval e, a construção mais impressionante que já vi em toda a minha vida: o Castelo de Gravensteen.



Esse Castelo foi construído pelos condes belgas da época (séc. 12) para proteger a cidade de possíveis ataques. No mínimo, emocionante...



Vista linda da cidade do alto das torres, as pedras usadas no castelo dão um toque especial à construção, e dentro dos cômodos e salões lá de dentro existe esse ar pesado e frio, mas que certamente era bem diferente tantos anos atrás por terem as gigantes lareiras e candelabros acesos para que o rei tivesse uma vida aconchegante ali dentro. Mas esqueça aquela idéia romantizada que você tem de tudo isso. Uma vez lá dentro, você percebe que a vida ali dentro ou ali fora era um pesadelo e agradece a Deus por ter nascido hoje em dia.




Logo que você entra, em um largo salão que poderia bem ter sido o hall do castelo, hoje estão em vitrines os trajes dos soldados reais e suas armas. Armaduras medievais complexas, armas trabalhadas, espadas de mais de dois metros de comprimento, adagas, punhais, massas, machados, lanças, revolveres, etc, etc...



Conforme você caminha por dentro do castelo, é obrigado a passar pelos estreitos e sinistros corredores e escadas com degraus imprecisos. A atmosfera ali é bem pesada, mas muito emocionante. Eis que trombamos com a 'sessão terror' quando nos deparamos com a guilhotina usada para executar criminosos (ou não) tal qual era usada na época. Boa parte dos artefatos do castelo não passam de réplicas, mas a guilhotina é original, já enferrujada e manchada. - E saquinho na frente devidamente posicionado para receber a cabeça decapitada do sujeito.


Enquanto era assassinado, um padre rezava por aquela alma. Na verdade, os religiosos estavam presentes na grande maioria das punições efetuadas pela coroa, seja torturas desumanas, seja simples decapitações. Tudo precisava do aval da igreja - não que não fosse possível matar ou morrer sem a sua permissão... bastava fazer de forma discreta.




Em seguida, nos deparamos com vitrines repletas de aparatos dos mais engenhosos para torturar prisioneiros. Os prisioneiros consistiam em homens ou mulheres que ofenderam o rei ou a igreja - ou a sociedade como um todo - de alguma forma. Mulheres fofoqueiras ou mentirosas, por exemplo, eram condenadas a vestir um capacete de ferro por algumas semanas ou meses, muitas vezes contendo enfeites que lembram orelhas de burro, e com sininhos para que todos saibam que ela estava por perto. Eis tal capacete na foto:



























Homossexualismo, poligamia, adultério, aborto e coisas do gênero que ofendem os princípios morais da Igreja eram tratados de forma especial. As mulheres podiam ter os seios arrancados ou completamente esfolados com o aparelho da primeira imagem. As outras duas imagens são de artefatos destinados à ambos os sexos: a Pera da Angústia (no meio) vai abrindo as "pás" conforme o torturador gira a chave no topo. Era colocado na vagina ou no ânus dos acusados de atentados sexuais e na boca de mentirosos ou daqueles que difundiam a discórdia ou blasfêmia. Ela é tão forte e "eficiente" que pode estirar e até romper músculos e ligamentos, estragando bastante onde quer que seja colocada. E finalmente, o "Berço de Judas", um banco pontiagudo onde o prisioneiro era colocado sentado, de forma que a ponta ía entrando e abrindo - e estragando - vagarosa e dolorosamente seus órgãos íntimos. Esse banco, no castelo de Gent, tinha uma ponta muito mais aguda do que na imagem.







No Castelo, pude me deparar com o queridinho dos torturadores da época, o Waterboarding. Há quem diga que esse método é usado até hoje por soldados americanos, mas aí já não sei...

Consiste em uma daquelas camas de madeira em que vemos comumente em filmes, onde o prisioneiro é preso com os braços para cima e os pés atados por cordas, e à medida que o torturador força a alavanca, a corda de cima e de baixo são puxadas, deslocando vagarosamente os braços e pernas do cidadão. Pois é, como se não bastasse, eles também colocavam um funil na boca do preso e íam despejando àgua ali para encher o estômago e inchar o ventre do prisioneiro, fazendo ter dores horríveis, além de provocar vômito, afogamento, hemorragias internas, etc...


As formas de tortura eram as mais variadas possíveis! Coleira de espinhos, empalamentos, afogamentos, expremedor de crânios, fogueira humana, muitas pessoas eram executadas por simplesmente serem acusadas de bruxaria, sem haver qualquer prova ou evidência, por preconceito, por interesse, enfim, os camponeses eram simples coisas a serem usadas pelo rei ou pela Igreja para entretenimento, sadismo, loucura. O Castelo lindo, imponente, mágico... foi erguido em tempos tão severos e cruéis e usado para saciar essa maluquice humana de querer impôr comportamento uns nos outros. Nego tinha sede de sangue, tá louco!



Bom, e assim, a visita ao castelo foi incrível. Porque, por mais que todo esse horror está lá para quem quiser saber - e creio que é muito importante que isso seja mostrado tal qual aconteceu, claro - depois de ver essas coisas é possível respirar aliviado e ter aquela sensação de que o mundo está muito melhor hoje em dia, sim. Tudo está evoluindo gradativamente. Para o bem.



--- Ouçam The Mystic's Dream, da Loreena McKennitt.






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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Medo de mudanças...

Ah, como é natural termos medo de enfrentar novos desafios. É lindo quando você olha pra frente e vê sua vida toda perfeitinha, do jeito que você sempre planejou, mas às vezes, de repente, surgem novas oportunidades ou tudo vira de cabeça para baixo e a gente simplesmente... surta!

A coisa mais fácil de acontecer é tudo o que você esperava começar a dar errado. Mas "errado" trata-se apenas de um ponto de vista. Talvez não aconteceu como você queria, e dessa forma, ficou ainda mais certo. Os meios, muitas vezes, justificam os fins: fazer tudo para ter o futuro que você almeja é importante, mas o que quer que aconteça no meio do caminho, é válido também.

Eu estou em uma fase particularmente desafiadora. Muitas coisas incertas, muitas perguntas sem resposta (e eu até que gosto disso!) e muitas, mas muuitas expectativas. Dizem que não é bom criar expectativas sobre nada, mas pô, eu sou o que afinal? Sou um ser humano cheio de defeitos, qualidades e sentimentos lá e cá! Se eu não esperar coisas boas na vida, vou fazer o quê? Anular as coisas que você sente é errado! É bom ter pequenas frustrações de vez enquando, o que não dá é achar que tudo será uma tremenda frustração o tempo todo! Né verdade?

De qualquer forma, para se ter boas expectativas na vida, é legal sempre manter boas amizades. O que uma coisa tem a ver com a outra? Tudo. Os amigos são parte integrante da nossa história: eles são capazes de te levantar de qualquer tropeço e te fazer rir da queda, e isso é extremamente motivador, te faz não ter medo de cair de qualquer altura, porque eles estarão lá para te ajudar de novo, para rir de novo, para criar novas motivações. Assim, a gente se sente corajoso para enfrentar qualquer desafio e esperar o melhor sempre. Tanto o sucesso quanto a queda serão enriquecedores, de qualquer forma!

Medo de mudanças... todos nós temos. Mas nos bloquear por conta do medo é desperdício de vida.


Post Dedicado à Liana Carvalho. *_*

*** Ouçam Pro Dia Nascer Feliz, do Cazuza. Só porque essa música é um das músicas mais estimulantes do mundo, de forma que o dia realmente nasce feliz! =D

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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Baixo astral no ambiente de trabalho funciona!

Todo ambiente de trabalho que se preze é um tanto quanto estressante. Os prazos à cumprir, o chefe a pressionar, as férias que demoram a chegar, os colegas que te atrapalham, enfim, são muitos os motivos que nos fazem subir pelas paredes tamanho o mau humor que vai contaminando a alma. É nessas horas que o indivíduo não quer outra coisa senão terminar o serviço e ir embora para casa, na sua, na paz. Pois saiba você que há, nisso, uma vantagem!

Estudos realizados por uma Universidade de Indiana, estado dos Estados Unidos, comprovaram que o mau humor coletivo no ambiente de trabalho faz a produção render mais do que em um ambiente leve e descontraído. Segundo esses estudos, uma equipe de razinzas desenvolvem projetos muito mais criativos e com mais antecedencia do que uma equipe sorridente e de bem com a vida. Por quê? A resposta está no exemplo dado no primeiro parágrafo: o mal humorado não tem interesse em outra coisa senão desempenhar o seu papel e cair fora, ao contrário do sujeito feliz que presta atenção nas coisas que estão à sua volta, quer conversar com os colegas, tem outras coisas na cabeça como os bons momentos que passou no final de semana e por aí vai. O mau humor faz com que a pessoa se entregue ao trabalho com mais afinco por ter na cabeça, naquela ocasião, que está ali para isso e para mais nada. O bom humor faz com que o indivíduo queira aproveitar tudo de bom que aquele trabalho possa oferecer, desde o cafezinho servido pela simpática copeira até os emails internos engraçados tirando sarro do chefe.


Porém, vale lembrar que, para uma equipe funcionar bem, segundo a pesquisa, apenas um mal humorado não é o suficiente: o ideal é que estejam todos de mal com o mundo.
Por tanto, da próxima vez que você for à padaria ou ao banco e ver que todos os atendentes estão de cara amarrada, fique satisfeito! Eles devem estar trabalhando à todo vapor e trazendo muitos lucros para a empresa!

Longe de mim estimular o mau humor, mas é sempre bom ser um funcionário mais produtivo, né? Viu? Até o mau humor tem suas vantagens! \o/


** Ouçam Bad Day, do REM.



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segunda-feira, 28 de março de 2011

...


Queria te falar olhando nos olhos...

Mas quando olho nos olhos, não digo nada - ao menos as coisas que quero dizer não condizem com o que dizem os olhos.

Os olhos são mais sinceros, mais ousados, eles dizem tudo e não escondem nada - à não ser que se escondam.

O que eu gostaria de te falar só os olhos poderiam traduzir. Eles sempre acham uma forma de dizer e assim não há dúvidas, enganos ou mal-entendidos. Eu poderia te ligar, poderia escrever, posso tentar pensar em você e mandar meus pensamentos até onde você está... mas meus olhos precisam fisicamente dos seus.


Há alguns meses atrás, eles de nada precisavam. Podiam fitar qualquer coisa, ou mesmo outros olhos, e nada acontecia. Mas quando encontrou com os seus, decidiram que não há vida sem eles, não há cor, não há graça. Desde então me atormentam, e mais nada vejo senão você. Eles se recusam a olhar para outras coisas, querem você desesperadamente.

Por enquanto, se contentam com imagens suas, se enchem d'água por não ter você aqui, com os seus olhos neles.


O que eu queria te falar, não há como dizer: não há palavras que expressam fielmente um olhar.


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domingo, 6 de março de 2011

...É sempre carnaval no Brasil...


O Carnaval teve origem na Europa, no período da Idade Média, sendo comemorada sempre depois da Quaresma Cristã. Depois de 40 dias de privações, as pessoas estavam "liberadas" pela igreja para fazerem o que bem entendiam, dando ao Carnaval esse ar de que "tudo é permitido". No carnaval antigo, os plebeus eram os maiores beneficiados com a festa, pois era ali que eles possuíam uma liberdade maior para se expressar: vestindo máscaras e roupas engraçadas, eles debochavam do rei, de velhos costumes da sociedade, do clero e da burguesia, sendo protegidos pelo anonimato que as fantasias lhes proporcionavam.
Essa festa foi se espelhando ao redor do mundo, mas em nenhum lugar a festa fez tanto sucesso quanto aqui no Brasil. Com o passar dos anos, a festa foi se tornando como a conhecemos hoje. Isso porque a tal "liberdade" concedida no Carnaval foi virando para um outro lado, a liberdade sexual. O Carnaval tem cravado na sua origem o "prazer carnal", logo se nota ao buscar a origem da palavra, que vem do latin Carnis Valles, que significa Prazeres da Carne. O Brasil captou o extremo de seu significado, tornando essa festa - que poderia ser útil de mil e uma outras formas -na tradução da banalização do sexo, entre outras coisas.
O Brasil, com todas as diferenças encontradas em cada região, acabou por possui variados tipos de carnaval, especialmente mais ao norte do país, com o mais famoso deles sendo o Carnaval de Olinda, com o seu frevo e seus famosos bonecões. No interior de cada estado também permanece, ainda que murchando cada ano mais, os bailes de carnaval, famosos pelas marchinhas de carnaval e pela diversão sadia. Mas o que pára o país são os desfiles das escolas de samba de São Paulo e do Rio de Janeiro. Milhares de policiais civis, de profissionais da saúde e uma fortuna enorme saída dos cofres públicos são destinados única e exclusivamente aos sambódramos dessas cidades para garantir aos foliões - em sua maioria famosos, ricaços e estrangeiros - uma festa segura e agradável. O Carnaval é a sétima maravilha do mundo, e é mesmo. Aos olhos das pessoas que estão vivendo confortavelmente neste país, é um evento único. Pena que a realidade do país não é essa.
O Carnaval é uma festa de grande importância para o Brasil. Ele se tornou um patrimônio cultural do país, o símbolo maior, junto ao futebol, de brasilidade. O turismo decorrente dessa festa traz lucros exorbitantes tanto para o país como um todo como para os pequenos comerciantes (ambulantes e afins) que trabalham durante os desfiles. Com tantos problemas por resolver, é admirável ver que, a cada ano, faça sol ou faça enchentes, lá estamos nós, despidos de roupas e de preocupações. O que incomoda não é o samba, não é a alegria, não é o circo. É tudo que está envolvido em torno disso, essa alegria toda transformada em negócio, em depravação, em ignorância.
- A imagem do Pierrô que ilustra o artigo é uma pintura famosa o qual não conheço o autor, mas lembro-me que minha avó tinha um quadro desse na parede e sempre me encantou. Essa é uma fantasia que gostaria de ver com mais frequência nos bailes e desfiles de Carnaval. Se eu quisesse ver peito e bunda, procuraria filme pornô

*** Ouçam Nem Cinco Minutos Guardados, do Titãs.
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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Já dizia a minha avó...





Agora eu entendo porque a minha avó sempre chorava ao se despidir dos netos quando estavam indo embora pra casa. Eu achava que se tratava de pura saudade, uma saudade que começava antes do tempo, antes de fazer sentido. Isso existia também, acho...


A verdade é que ela sabia que aquele adeus poderia ser o último - e um dia foi. A sabedoria adquirida com a idade e com as experiências fazia com que a minha avó percebesse que tudo é finito, inclusive nós. Todos nós sabemos disso, mas nela aquela sensação era mais paupável. Ela não tinha medo de aquele adeus ser o último por estar velha, não! Os acidentes acometem qualquer pessoa, de qualquer faixa etária e é isso que ela sabia bem. No caso dela, a vida cumpriu seu destino mais óbvio e linear... poderia não ter sido assim.


Eu chorei também na hora de dizer adeus a quem eu não sabia quando veria de novo. Por muitos motivos, aquela poderia ser minha última chance de dizer o que sinto, de tocar, de sentir. E eu lamento a frieza dos que não entendem um "adeus". Já dizia outra sábia vovó, a Madonna "Não há poder maior do que o poder de dizer adeus", porque dizer é preciso, mas não é preciso negligenciar a importância desse momento também! Dizer adeus a quem se ama, mesmo aquelas que, teoricamente, veremos em breve, tem um significa muito forte.


Quem não sofre nesse momento confia demais na previsibilidade da vida. Demais pro meu gosto.
**Ouçam The Power Of Goodbye, da Madonna.
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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Aconteceu...

Tantas coisas que eu quero falar... tantos desejos, sonhos dfíceis de alcançar, e ao mesmo tempo tão certos, encaminhados.


Quem diria, meu amor, o mais difícil aconteceu: você é meu!


Algumas pessoas previram isso... e outras pessoas não acreditavam nisso... mas quem poderia imaginar tudo o que aconteceu? Todos os beijos, os abraços, as piadas e o silêncio... Eu sei que você via lá no fundo da minha pupila que aquilo tudo era um sonho pra mim.


Você é um sonho impossível que aconteceu... você é meu!


Até onde isso vai dar? Quero você, quero essa chance... Até quando isso durar, vou mantê-lo preso em meus olhos, dentro de mim.

No meu coração você está tão perto.. só falta você chegar de novo no meu mundo novo, onde você já é aceito, onde já tem casa, onde já tem lar.


Você mora aqui e eu, aí. Falta a gente se encontrar.


Mas o principal já aconteceu: você é meu!




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