
Já seu único amigo, Teobaldo Henrique de Albuquerque, é o seu oposto: a própria personificação da retórica, da aristocracia, da simpatia, da beleza. É amado por tudo e por todos, o que o faz amar a si próprio acima de tudo. O jeito inibido de Coruja causa admiração em Teobaldo, assim como a amabilidade de Teobaldo conquista a confiança de Coruja, fazendo nascer aí uma amizade quase que de irmãos. Eles passam a morar juntos quando vão pra faculdade, mas personalidades tão distintas tomam rumos diferentes a partir daí, sem que os laços dessa forte amizade se desatem jamais.
Este é um romance folhetinesco e a riqueza de detalhes é o que dá o brilho à obra, remontando o cenário carioca de 1800.
Opiniões pessoais pertinentes (ou não):
Prós: Pra quem não gosta de palavriado muito complexo, este livro escrito há quase dois séculos é de leitura fácil, e uns termos ou outros muito diferentes são facilmente decifrados pelo contexto. É até possível se divertir vendo como, por exemplo, as pessoas se ofendiam naquela época!
Contras: É um folhetim, uma novela, dramalhão de época. Por tanto, muuuuito descritivo. Alguns capítulos chegam a ser cansativos tamanha a quantidade de detalhes, tanto dos espaços físicos como das análises de caráter dos personagens.
Ponto Alto da Obra: A estória é uma pesada crítica à sociedade, acentuando a falsidade humana e a corrupção da moral. O livro todo descorre sobre julgamento pelas aparências e a negligencia de valores como o amor e a amizade. O autor ainda faz menção à importância dos laços familiares e amorosos e à educação infantil, uma vez que o rumo das vidas dos personagens é determinado pelas experiências que viveram na infância.
Enfim. Recomendo! ^^
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Na verdade vc quer que nossa amizade seja como o que o livro descreve né amiga?!
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