
Cavaleiro das armas escuras
Onde vais pelas terras impura
Com a espada sangüenta na mão?
Porque brilham seus olhos ardentes?
E gemidos nos lábios frementes
Vertem fogo do teu coração?
Cavaleiro, quem és? O remorso?
Do corcel te debruças no dorso
E galopas do vale através...
Oh, da estrada, acordando as poeiras..
Não escutas gritar as caveiras
E morder-te os fantasmas nos pés?
Onde vais pelas trevas impuras?
Cavaleiro das armas escuras
Macilento, qual morto na tumba...
Tu escutas... na longa montanha,
Um tropel teu galope acompanha
E um clamor de vingança retumba...
Cavaleiro, quem és? - que mistério
Quem te força da morte no império
Pela noite assombrada a vagar?
Sou o sonho da tua esperança,
Tua febre que nunca descansa,
O delírio que te há de matar!
... do genial Alvares de Azevedo
..
Nenhum comentário:
Postar um comentário